Na manhã da última quarta-feira, dia 09, por volta das 9:00hs, em cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão, policiais civils de Capivari, com apoio de policiais de outras, Unidade Seccional de Piracicaba, estiveram na clínica CTR (Centro Terapêutico Rafard) para averiguar várias denúncias que estiveram recebendo há algum tempo, dando conta de que paciêntes dependentes químicos sofriam maus tratos, cárcere privado e falta de condições adequadas de higiene e alimentação.
Ao chegarem ao local, os policiais dirigiram-se aos fundos da clínica, onde se encontram os quartos dos internos, para verificar se haviam internos indevidamente trancados no local. Verificaram também uma espécie de porão, sendo um cômodo onde haviam grades nas janelas e as portas eram trancadas pelo lado de fora com travas de madeira, em seguida, internos da clínica se aproximaram e disseram que estavam trancados naquele quarto, o qual foi aberto por um dos funcionários quando a polícia chegou.
Os policiais continuaram as buscas e localizaram, numa outra sala, com a inscrição “Integração” nas portas, travas descritas por internos e que combinavam com as marcas na porta.
Os internos apontaram como responsáveis por prendê-los e também por praticar maus tratos contra os mesmos, os indivíduos LMO e LMC. Informaram ainda que o proprietário da clínica seria WMC, o qual não estava no local, mas alguns dos internos disseram que LMO teria avisado WMC que “a polícia civil estava descendo em peso”.
Os internos também relataram aos policiais que são obrigados a ingerir um coquetel apelidado de “danoninho” que é uma mistura de três medicamentos.
Na enfermaria do prédio, onde fica o setor de triagem, foi localizado o medicamento HODOL, este também foi localizado em maior quantidade no escritório de WMC, ainda, foram encontradas e apreendidas várias caixas de cigarros do Paraguai.
Diante das evidências, foi dada voz de prisão a LMO e LMC, a qual foi ratificada pela autoridade policial e os indiciados foram autuados em flagrante, em seguida, foram encaminhados à Delegacia de Polícia Participativa de Piracicaba, posteriormente, foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de Piracicaba.
