Causos Que confusão…

Um casal tinha um menino lindo de oito anos de idade. Bem.
E o menino previa sempre tudo que ia acontecer. Bom.
E nunca errava. Nunca. Tudo o que previa… ai, ai, ai…
Um dia, na mesa do almoço, comendo, o garoto previu:
“_ O velho, amanhã, ás dez em ponto, vai fechar o paletó.”
O velho a que ele se referia só poderia ser o pai. Uma injustiça, tão jovem, uns trinta anos. Fechar o paletó, bater as botas, esticar as canelas, ir desta para a melhor… era a morte.
O pai e a mãe não dormiram. O lençol estava molhado de suor. O filho era infalível.
Chegou a manhã. Conseguiram dormir um pouco. Tocaram a campainha da porta. Bateram forte. O “velho” saltou da cama.
A mãe foi atrás. Na porta, o carteiro com uma carta na mão. O pai pegou a carta, o relógio da sala bate dez horas. O pai sente um calafrio, o cabelo fica em pé e no mesmo momento o carteiro dá um ronco de horror e cai pra frente, duro, morto, fulminado por um enfarte.
O pai aliviado: “Pô, tá vendo, esse menino também erra.”