Devido a dificuldades financeiras que vem enfrentado, a prefeitura de Capivari interveio na administração da Santa Casa, tendo Padre Adalton assumindo a função de interventor.
Trabalho intenso e dedicado, transparência e composição para quitar enormes dívidas com os credores, pagamentos dos funcionários, taxas e impostos em dia depois que assumiu a função, além da redução do deficit mensal.
Contudo, tudo isso não tem-se mostrado suficiente ante a falta de recursos que enfrenta continuamente, com o consequente aumento das despesas.
Um dos fatores mais fortes é a migração de grande número de pacientes que saem dos planos de saúde e procuram atendimento SUS e da Santa Casa, os custos se elevam enquanto as verbas minguam.
Cidades como Rafard, Mombuca e Elias Fausto que tem seus cidadãos atendidos pela Santa Casa, não dispensam recursos para a entidade, um modo cômodo de transferir responsabilidade.
Em vista disso, a diretoria da Santa Casa enviou ofício à prefeitura de Capivari, interventora da entidade, explicando a grave situação atual da entidade, que se tornou maias grave ainda, depois do pagamento do 13º salário.
O documento afirma ainda, que caso não haja um acordo entre as cidades que não fazem repasses para a instituição, os serviços serão serão interrompidos a partir das 19 horas do dia 24 de fevereiro, sugerindo que os pacientes dessas cidades sejam encaminhados a qualquer outra unidade de atendimento.
Para se ter idéia do descaso para com a Santa Casa, o ofício cita um repasse aprovado pela Câmara dos Vereadores de Elias Fausto em 2016, no valor de R$ 120 mil, que não saiu do papel.
As cidades de Rafard e Mombuca são mencionadas no documento por jamais deixarem de remeter cidadãos aos cuidados da Santa Casa, mas sequer compareceram para quaisquer tratativas.
Em vista da gravidade do problema, o prefeito Rodrigo promoveu uma reunião com autoridades de Rafard, Mombuca e Elias Fausto.
Nesta reunião os representantes da Santa Casa apresentaram os valores gastos em atendimentos médicos com pacientes destas três cidades.
Em janeiro, o custo com pacientes de Rafard chegou a quase R$ 84 mil.
No caso de Mombuca, os gastos ficaram perto de R$ 47 mil e de Elias Fausto, R$120 mil.
No total, as três cidades consomem quase R$ 250 mil por mês.
O prefeito Rodrigo Proença ressaltou que não é justo a Santa Casa e Prefeitura de Capivari arcarem com esses gastos, e que as cidades vizinhas que usufruem da entidade, têm que fazer repasses para o hospital.
Segundo o prefeito, os moradores de Capivari não serão prejudicados caso a interrupção do atendimento aconteça, pois o mesmo será para pacientes destas três cidades que não contribuem com as despesas da Santa Casa.
Capivari fez repasses de R$ 300 mil, para subvenção, nos meses de janeiro e fevereiro, a partir de março essa verba de subvenção cai para R$ 120 mil mensal até dezembro de 2017, totalizando R$ 1.800.000,00 de subvenção neste ano.
Na 5ª feira, ocorreu uma reunião no gabinete do prefeito de Rafard com a presença dos prefeitos de Mombuca e Elias Fausto.
Na 6ª feira à tarde, no gabinete do prefeito Rodrigo, reuniram-se os prefeitos de Rafard, Mombuca e Elias Fausto, quando decidiram instituir uma comissão para análise e avaliação de gestão da Santa Casa de Capivari.
Ridículo, não contribuem financeiramente com a Santa Casa e agora querem analisar e avaliar a gestão atual.
Até o dia 02 de março, cada município deve indicar um representante, e as reuniões devem acontecer semanalmente, num período de 30 dias.
Os políticos empurram, ganham tempo que a Santa Casa não tem.
As despesas continuam crescendo enquanto os políticos fazem reuniões.
Ao final da reunião, os prefeitos saíram sem dar entrevista para a imprensa, excessão ao prefeito de Mombuca, Mauro da Costa, que se mostrou favorável a judar a Santa Casa no que puder.
Falou sobre a reunião e disse que a população de Mombuca pode ficar tranquila que ele tudo fará para que tenham sempre ótimo atendimento.
Os prefeitos de Capivari, Rafard e Elias Fausto não atenderam a imprensa e nem deram entrevista. Lamantável.
