Entrevista com o interventor Pe Adalton

Entrevista com Pe Adalton sobre a Santa Casa

sem-titulo-15Padre:
Como estava: nós tínhamos uma divida contabilizada de R$ 7.857.639,00, sem contar juros e correções.

Atendimento
Tínhamos a ortopedia que faziam três meses que já estava fechada, cirurgia só se fazia aquelas de emergência não tinha nenhuma cirurgia de rotina sendo feita.

Leitos ocupados
A média de ocupação da Santa Casa na época era de 30% dos leitos, considerado baixíssimos.
Hoje estamos com ocupação de 90%.

Deficit mensal
Quando assumimos, a Santa Casa tinha um deficit mensal de R$ 250 mil, hoje gira em torno de R$ 80 mil.

Recolhimentos
Constatamos que havia 4 anos que não se recolhia INSS, FGTS, IR, fato inclusive que gera processo de apropriação indébita porque é retido do funcionário e a Santa Casa não repassava para os órgãos competentes.
Recebemos a cobrança da Contribuição Confederativa do Sindicato que a Santa Casa também não pagava há dois anos.

Férias
Segundo padre Adalton, a Santa Casa estava com todos os funcionários com as 2ª férias estourando para vencer e caso não pagasse iria gerar multas.

Fornecedores
Contudo havia outro problema sério pois nenhum fornecedor de medicamentos, insumos, orteses e próteses estavam fornecendo para a Santa Casa, nem pagando a vista.
Este fato obrigou a direção da Santa Casa procurar no mercado varejista o atendimento para essas emergências, óbvio com preços mais altos.

Balanço
Essa foi a situação que encontramos a Santa Casa em 21 de janeiro de 2016, e a isso se agrega um outro fato que nós até hoje ainda não conseguimos fechar, o balanço de 2015, porque temos os dados contabilizados mas não comprovados em sua maioria.
A inconsistência técnica do balanço é gigantesca por isso não pudemos aprová-lo e nem apresentá-lo.
Como temos que fazer e apresentar o balanço de 2015, agora os contadores estão vendo fazendo um pré balanço, estamos fechando um pré-balanço já com uma serie de restrições, apontadas pelo próprio contador, para encaminhar a auditoria e para os órgãos públicos.

Faltam documentos
Chegamos a um consenso e vamos ser obrigados a escriturar aquilo que consta, isto é, dos dados que temos.
Levantamos coisas que estão ali que não consta, nós não sabemos e muitas daquelas coisas que estão escrituradas não tem comprovante técnico para poder justificar as despesas, não tem nota fiscal.
Consta a entrada do dinheiro, a saída do dinheiro mas não tem nota fiscal que comprove.

Pedido para PROSUS
Nós entramos com pedido de PROSUS
Quando assumimos a Santa Casa o governo federal havia feito um projeto já anterior, na época da Dilma, onde restabelecia o PRO SUS.
É uma atividade do governo federal através do Ministério da Saúde que concede uma renegociação das dividas trabalhistas, fiscais e contábeis.

Dívida com o INSS
No caso do INSS essas dividas todas ligadas aos períodos anteriores, a Santa Casa deve quase cinco milhões.
A idéia era renegociar através do PRÓ SUS, só que quando assumimos não havia nenhuma negociação nesse sentido
A nossa sorte foi que dentro do clima politico que estava em Brasília aquela complicação toda, eles estenderam o prazo do PRÓ SUS até março, o que nos permitiu entrarmos exatamente no último dia, conseguindo juntar todos os documentos necessários, dando entrada com alguns documentos faltando.
Sabermos da falta de alguns documentos mas tinhamos que dar entrada.
Sabemos virá a conferencia e depois o pedido de apresentação dos documetnos faltantes.
Na questão de dois meses e pouco atrás veio a resposta do que pedimos, foi analisado e vieram as pendências.
Cumprimos o prazo das pendências, foram reencaminhadas e uma das pendências era o balancete de 2015.
Mandamos para Brasília o balancete da forma como está com toda a justificativa técnica, anexamos os pedidos que foram feitos para a gestão anterior apresentar os documentos de comprovação, já com noventa dias e nada disso foi feito.
Tudo realizado dentro dos tramites legais
Segundo padre Adaltonnão se ainda se Brasília vai aceitar ou não a única pendência hoje para que o PRÒ SUS da Santa Casa seja aceito, por isso, estamos nu ma incerteza danada, afirmou

Recolhendo impostos
Desde que esta nova diretoria ssumiu todos os impostos estão sendo recolhidos.
Todos os valores retidos dos funcionários como IR, FGTS INSS, a Santa Casa não paga o patronal mas do funcionário que se retêm é recolhido.
Explicou pade Adalton que se houver necessidade de demitir algum funcionário, tem que pagar quatro anos atrás de FGTS que não foi depositado e a entidade não tem recursos.

PRÓ SUS
A Santa Casa está hoje com o pedido para entrar no PRÓ SUS em andamento, se for aprovado, a dívida atual cai.
Essa é a grande vantagem do PRÓ SUS, para cada valor pago, para cada real pago, abate igual valor da divida antiga.
Importante ressaltar que a entidde não pode atrasar os pagamentos atuais.
Como podemos notar, é importantíssimo a Santa Casa conseguir ingressar no PRÓ SUS.
Esse trabalho intenso pela conquista do PRÓ SUS consumiu muito tempo da assessoria jurídica, muito tempo da diretoria da Santa Casa, porque é um ato que permitirá condição para a entidade voltar a ter as condições necessárias para um pleno andamento nos seus serviços.

Recolhimento em dia
De janeiro de 2016 até agora, todos os recolhimentos de FGTS foram feitos, todos os recolhimentos de INSS estão feito, todo o IR já foi depositado, esta tudo certo porque, se obtivermos um aval positivo do ministério tudo que nós pagamos este ano já vai abater na divida anterior, é um valor significativo de diminuição da dívida, diz padre Adalton
Pagamentos
Nós tivemos alguns estabelecimentos com algumas dividas, que foram pouco a pouco sendo quitadas.
Conseguimos com um ou outro fornecedor negociar, ver para poder voltar a fornecer, tem o açougue para fornecimento de carnes.
Fomos atrás de restabelecer o fornecimento e pagar o que estava em aberto.
A parte de insumos, material de limpeza, material de higiene, descartáveis, acertamos com as duas lojas da cidade que hoje estão fornecendo, não tem mais dividas passadas, pois estamos renegociando.

Medicamentos
A parte de medicamentos hoje esta sendo negociada e comprada de uma empresa que voltou a fornecer a Santa Casa com pagamento antecipado. Recebe antes
Foram enfrentadas grandes dificuldades pois as dividas eram tantas com as empresas que nem sequer queriam receber antecipado para fornecimento de medicamentos.
Corria-se o risco de pagar antecipado e a empresa reter o pagamento para descontar da dívida, da conta anterior, mas as renegociações foram feitas o que deu uma certa sustentabilidade.

Colaborando
Com esse trabalho sério e contínuo, voltou uma esfera de confiança na Santa Casa muito grande e isso fez com que algumas contas diminuíssem, por exemplo, matéria de higiene e limpeza, papel higiênico a sociedade tem doado, parte de alimentação .
Segundo padre Adalton a dispensa da Santa Casa está bem provida, graças a Deus, comida não falta, não precisa comprar, precisa-se comprar carne mas o restante a Santa Casa hoje tem.

Equilíbrio
Segundo se constata, a parte de medicamento esta em ordem, a parte dos insumos e alimentos também, e esta última graças a população que vem colaborando intensamente.
Uniformes
A Santa Casa agora está precisando de tecido para fazer os uniformes, que estão desgastados pelo tempo de uso.
Já há contato do Rotary Club de Capivari com empresas para colaborar com a entidade doando peças de tecidos.
Há necessidade de brins na cor verde, vermelho e azul, cores que os enfermeiros usam nos vários setores da Santa Casa.

Leitos ocupados
Mais de 90% dos leitos hoje estão ocupados, antes eram 30%.

Deficit
A Santa Casa apresenta hoje um déficit de R$ 70 mil mês o que dificulta os trabalhos pois se negocia às vezes com os médicos, às vezes com um ou outro fornecedor, um mês paga um, outro mês acerta o outro, mas esta sob controle.

Especialidades
As especialidades são situações que vem em função desta questão deficitária que nós precisamos achar outras verbas, precisamos achar outros caminhos para isso.

Pagamento do 13º
A nossa situação é critica disse o padre e, se você me perguntasse hoje se tem dinheiro para pagar o 13º, diria que não.
Mas tem previsão, tem algumas coisas que estão em andamento, tem algumas negociações judiciais nas quais o dr. Leandro esta trabalhando em São Paulo.
Hoje entra um desses assuntos em pauta, que é a liberação de um dinheiro que foi contingenciado pela Justiça e apresentamos a necessidade do pagamento do 13º.
Aguarda-se a possibilidade da Justiça liberar os recursos, assim o 13º pode sair até antes do prazo, porque nós não temos como reter esse dinheiro de outra forma.
Se a Justiça liberar a verba que contingenciou, o pagamento pode acontecer ainda até o final dessa semana .

Funcionários
Hoje a Santa Casa tem 202 funcionários sendo deles 180 ativos.
A folha de pagamento da Santa Casa é em torno de R$ 264 mil, livre dos encargos cesta básica, benéficos.

Vontade política
Temos duas coisas que acho que são claras para nós hoje, uma delas e a principal, é que falta vontade politica, a minha vontade era dizer que falta vergonha na cara, mas vamos dizer vontade politica, vamos falar assim porque fica politicamente mais certo, porque são situações que a gente vê.
No feriado de 28 de outubro, Dia do Funcionalismo Público, teve prefeitura na região que fechou dia 27 e reabriu no dia 03, e isso inclui fechar pronto socorro esse tempo todo, assim todo atendimento veio para a Santa Casa, e a prefeitura não dá um centavo a mais do que tem na PPI.
E, óbvio, não deixamos de atender, mas as despesas da Santa Casa, que jé é deficitária, aumenta sem a participação destas prefeituras.

Atendimentos
Atualmente o programa de atendimento universalizado da saúde trás para a Santa Casa um valor de R$ 370 mil, do governo do Estado, no qual está pactuado número específico de atendimentos para Capivari, Rafard, Mombuca e Elias Fausto.
Por exemplo, x atendimentos ambulatórias, x internações, x atendimentos do pronto socorro.
Neste contexto, as cidades de Mombuca e Rafard já ultrapassaram o número de atendimentos obrigatórios no mês de julho, de julho para cá a Santa Casa esta atendendo esses municípios sem quaquer remunerarção, porque o número que é compactuado com o estado para ser atendido já esgotou.
Se nos tivéssemos numa outra prestação de serviço, poderíamos dizer simplesmente que não atendemos esses municípios sem a devida remuneração dos custos disponibilizados.
Elias Fausto, neste último mês de outubro estourou também a cota.
Contudo, atendemos as necessidades das pessoas, mas poderíamos dizer que não vamos atender porque a prefeitura de vocês não pagam, são caloteiros nesse sentido.
Vamos dizer bem claro isso, a prefeitura não paga, porque aquilo que esta compactuado já foi cumprido pela Santa Casa, já atendemos esse número que foi compactuado até mês de junho de junho para cá estamos atendendo de graça, sem nenhuma restituição e nem muito obrigado, disse lamentando o padre Adalton.

Repasses
O segundo fato é que havia um impedimento por causa de prestações de contas 2013/2014 em que as prefeituras de Elias Fausto, Mombuca e Rafard repassaram dinheiro para a Santa Casa e a diretoria da época não prestou contas devidamente, obrigando a entidade a devolver, em abril, para Mombuca o valor de R$ 2.258; para Rafard, R$ 4.876,00 e para Elias Fausto R$ 29.245,00
Assim, essas cidades já poderiam estar colaborando com a Santa Casa há algum tempo.
Elias Fausto, por exemplo, já aprovou uma lei que prevê uma verba de R$ 120 mil para a Santa Casa, a ser paga em seis meses, posteriormente iria renegociar para ver outras coisas.
Até o presente momento não mandou nada, a lei está aprovada, mas a Santa Casa não recebeu nenhum centavo.
Mombuca e Rafard nem recebidos pela prefeitura fomos, disse padre Adalton.
É fácil para esses municípios mandarem para cá pessoas necessitadas de atendimento, jamais negamos, pois as pessoas necessitam, e não podemos ser omissos no socorro, mas os prefeitos sabem dos gastos que temos e deveriam cobrir ao menos as despesas com cidadãos de sua comunidade.

Facebook
O padre Adalton falou que jamais irá responder qualquer assunto em rede social.
Se tem alguma coisa com fundamento, vamos procurar corrigir, levo em conta mas não respondo, porque acho que não é fórum e não é lugar adequado.

Sigilo
Quando se meche com questão de saúde, você meche com a dignidade do paciente, devo satisfação para a família do paciente, nesse ponto um dado é curioso.
Para o povo saber, muitas coisas que saem na rede social a maioria é fake são perfis falsos e são coisas que não tem fundamento coisa do ouvi dizer, não sei quem falou, não sei como foi, mas quando vai apurar a situação, você não acha nome de paciente, não acha nome de médico, não acha nada.
Voce procura prontuário não tem ninguém dando entrada com aquele nome, não tem nada.
Então são coisas que a gente não pode nem considerar que tem horários de pico, que são difíceis.
Tem hoje graças a Deus, os atendimentos normalizados, bem normalizados mas tem aquelas coisas,

Paciente
Com relação a situação que foi divulgada por um órgão de imprensa sobre o falecimento de um paciente por necessitar de UTI, quem leu a matéria na integra, viu que a própria reportagem isenta a Santa Casa de todo processo.
O paciente deu entrada na Santa Casa com um quadro grave, não vamos entrar em detalhes, relatou padre Adalton.
A Santa Casa fez todos os procedimentos necessários e pediu a remoção para um hospital que pudesse fazê-los e tivesse UTI .
Disse também que não era um caso que tinha que colocar somente na UTI não era uma coisa simples, mas era um caso de remoção, porque precisava de outros procedimentos e o serviço de saúde público não tinha vaga.
Ressalto que não é problema da cidade de Capivari , é um problema de saúde pública no Brasil.
Importante ressaltar que a unidade de semi-intensiva da Santa Casa tem todos os recursos adequados para esse tipo de procedimento, ela não é uma UTI porque não tem médico continuísta e não tem algumas atividades que são típicas de UTI mas para estabilização do paciente, para controle do estado do paciente, a semi UTI funciona tranquilamente e, isso nós fizemos, tanto que a própria família reconhecia, na matéria, disse padre Adalton.
Quando temos entrada de um paciente que precisa de procedimento que não realizamos na Santa Casa, o médico prescreve e vamos buscar a vaga onde esses procedimentos sejam feitos.
Contudo, ao buscar a vaga, voce entra em fila de vagas administrada por uma central no estado.
As vagas da UTI ficam sob administração do CROS que é o centro de referencia que as distribui conforme a emergência.
Hoje a prefeitura de Capivari fez um convênio com a Unimed, então num caso especifico essa vaga é só para Capivari.
Elias Fausto, Mombuca e Rafard se der entrada e precisar de UTI, ela não usa essa vaga porque essa é de Capivari, a prefeitura paga uma UTI particular para quem precise da cidade.
O prefeito só fez em função de solidariedade com o povo porque precisa para Capivari, para amenizar a critica de não ter UTI na Santa Casa.

Transporte
A Santa Casa contratou a Help Móvel empresa que faz o transporte de paciente para a UTI de outras cidades.
Portanto a Santa Casa conta com os serviços de uma UTI móvel para transporte de pacientes.

UTI Móvel
A Santa Casa paga a UTI Móvel, o Help Móvel, por km rodado, não tendo despesa com motorista, enfermeiro, médico para acompanhamento na UTI, nem adquirir medicamentos e equipamentos, nem manutenção da UTI móvel, tudo está incluído no aluguel e só paga quando utilizar.
A contratação da Help Móvel fica muito mais barato para a Santa Casa que manter uma viatura equipada para UTI, além do médico, enfermeiro e motorista, etc, alêm da manutenção e combustível.

Prontuário
Quando o paciente quer o prontuário, primeiro precisa ter uma justificativa para requisitá-lo, tendo duas maneiras:
1) para continuidade ao trabalho de atendimento, no qual o médico vai pedir a continuidade, ou o paciente dá entrada com o pedido na Santa Casa que faz as cópias, recebe por elas, e o prontuário é liberado em até dez dias.
Nem sempre é imediato porque esta arquivado, etc
2) via judicial e via policial quando se tem suspeita de alguma negligência, quando se registra o Boletim de Ocorrência, no primeiro ato o delegado expede o pedido e no prazo regulamentar expede-se o prontuário.
É um direito do paciente ter o prontuário, porém, não sendo juiz, não sendo delegado e não sendo paciente, ninguém pode retirar o seu prontuário.
Existem as vias legais.

Procedimento burlado
Houve um problema nesse sentido, que inclusive resultou em procedimento técnico interno, sendo o funcionário afastado por negligência.
Isso não pode acontecer, quando vem a público o que tinha ocorrido.

Administração
A minha politica sempre foi essa em questão de administração, eu acho que para pedir alguma coisa, precisamos saber o que esta pedindo e ter a consciência que aquilo vai ser usado de maneira correta.
Não adianta eu chegar na prefeitura e que temos um déficit por mês e pede para aumentar o valor repassado para poder cubrir o deficit.
Certamente o prefeito vai me perguntar onde vou gastar isso.
Hoje eu tenho como brigar com a prefeitura no sentido de mostrar, inclusive para a Câmara de vereadores, para outros lugares que aprovam leis, documentalmente, a situação financeira da Santa Casa, afirmou Pe Adalton.

Reunião com cidades
Vamos ter uma reunião com os novos prefeitos e isso vai ser discutido no tete a tete, a situação é essa, o convênio de vocês dá direito a esses procedimentos e esta quantidade, como nós vamos resolver?
E a pergunta que vou fazer para os prefeitos na sexta feira é essa, como vamos resolver isso?
Vou atender o teto determinado pelo governo para cada cidade e, atingiu esse teto mensal eu cancelo os atendimentos e mando de volta os pacientes para serem atendidos em suas cidades, ou vocês vão, mensalmente, pagar o que excedeu o teto?
O que não podemos é continuar atendendo dessa forma.

Subvenção de Capivari
A prefeitura de Capivari, com aprovação da Câmara Municipal, tem uma lei de subvenção mensal de R$ 200 mil reais para que é essa subvenção, não é uma ajuda para a Santa Casa, é para pagar os serviços que ela presta além do teto pactuado com o governo estadual.
A subvenção não é uma benesse da Câmara de vereadores, não é uma doação os vereadores que estão preocupados, como o prefeito esta preocupado com a Santa Casa, é uma complementação que a prefeitura faz com o aval da Câmara por causa do orçamento público que é para pagar os serviços que seria de obrigatoriedade do município e que a Santa Casa esta prestando para o município
Além do serviço pactuado com o governo do Estado, constatou-se que o valor de R$ 200 mil não cobre a quantidade de procedimentos, quer dizer, fica faltando setenta mil para fechar as contas.

Controle individualizado
Hoje eu tenho como mostrar, por exemplo, por paciente, foi uma das coisas que implantamos que não tinha na Santa Casa, o controle individualizado de custos.
Um paciente entra na Santa Casa, é feita ficha digital, registrando no computador o seu dia de chegada, procedimento feito, o que foi usado, quais medicações e procedimentos foram feitos, foi usado hospital, não foi, o que você usou.
Quando o paciente sai, por alta médica ou transferência, a administração já tem o custo para a Santa Casa nessa passagem.
É importante ressaltar que hoje a Santa Casa tem um controle rigoroso sobre registro dos procedimentos, gastos e custos de todos os pacientes que usam a entidade.
Registra-se procedimento, medicamento, consulta médica horário de entrada e saída, etc.

Farmácia
Antes a farmácia gastava R$ 110 mil por mês, com ocupação de 30% dos leitos, hoje com ocupação de 90% dos leitos ocupados nós estamos gastando R$ 70 mil por mês, registrou Pe Adalton.

Registro
Hoje temos condições de apresentar o registro de quanto a população de Rafard, por exemplo, gasta na Santa Casa.
Pode-se dar ao prefeito a relação nominal dos pacientes, o que custou cada paciente da cidade, basta teclar no computador, que obterei o relatório completo, cidade por cidade.
Assim, tenho condições de dizer para o prefeito de cada cidade que sua PPI garante X atendimentos no pronto socorro, e sua cidade está tendo atendimento muito superior conforme estes registros, como vamos fazer?

Regularização
Quando se regulariza a questão pública, pode-se investir na questão particular.
Fizemos aquele plano de saúde, fizemos aquelas questões todas de andamento de processos que preciso regularizar essa parte pública para poder ter a linha privada funcionando em ordem e isso vai reverter em financiamentos e estruturação, porque verba pública, tem que ficar bem claro isso, é para custeio, não posso pegar verba da PPI, não posso pegar verba da lei de subvenção da prefeitura e pagar, por exemplo, uma despesa trabalhista anterior.
Não posso pegar essa verba e fazer uma reforma na Santa Casa, a verba já vem carimbada.

Irmão Amigo
Hoje o dinheiro que entra do Irmão Amigo estou usando para complementar os custos que a Santa Casa tem.
Se a verba publica cobrisse todo o custo, esse recurso do Irmão Amigo seria só para investimento.

Separação de verbas
Se queima um equipamento da Santa Casa não posso usar verba pública para repor, vou mandar um funcionário embora, um exemplo, tem as verbas trabalhistas que podem ser depositadas com dinheiro de subvenção, mas os quatro anos atrasados de FGTS tenho que ter verba própria, não posso pegar dinheiro das verbas para os encargos anteriores porque são dividas atrasadas.

Departamento Jurídico
O departamento jurídico da Santa Casa esta funcionando muito bem com o escritório do dr. Leandro Scuziatto.
e com o escritório dele tudo isso é levantado
Como estamos fazendo uma intervenção em nome da prefeitura, todos os dados levantados são imediatamente repassados para o departamento jurídico da prefeitura que, se necessário, informa o Ministério Público, visto que ela é a interventora na Santa Casa.

Doações
Através do SAAE
Nós temos algumas modalidades, uma delas é através do Saae.
O Saae esta reabilitando um modelo que nós tínhamos antes, onde o contribuinte pode fazer qualquer tipo de doação através da conta de água.
Deve passar no Saae, assinar um termo de autorização, uma cartinha e junto com a conta de água vem o valor que o contribuinte especificar.
Nota Fiscal Paulista
Você pode auxiliar a Santa Casa doando a Nota Fiscal Paulista que voce não utilizar.
A nota fiscal paulista é uma forma de você contribuir com a Santa Casa que dá liberdade para realizar atividades emergenciais.
Doação de gêneros
Outra maneira de colaborar com a Santa Casa é doando gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza.

Promoções
Promoções também estão sendo feitas pela cidade nesses dias e, graças a Deus, recebemos boa quantidade de gêneros alimentícios e produtos de limpeza.

Copinhos descartáveis
Estamos realizando campanha de copos plásticos para água e para aquele copinho de café que é para levar medicamento fracionado para o paciente.
Cada vez que vai medicamento para um paciente, vai fracionado naqueles copinho descartável de café e o paciente o toma com água.
Portanto a Santa Casa usa bastante esses dois tipos de descartáveis, inclusive tanto a Plasticap quanto a Recicapri, tem feito esse processo com muita tranquilidade.
Se voce quer doar um pacote de copo pode passar Recicapri ou Plastcap, paga e registra que é para a Santa Casa que eles nos encaminham.

Lâmpadas de leed
Estamos implantando na Santa Casa uma politica de contenção de energia elétrica e para isso estamos substituindo as lâmpadas antigas por lâmpadas de led.
Há ainda vários pontos da Santa Casa que ainda tem lâmpadas incandescentes e outros lâmpadas fluorescentes que, aos poucos, estão sendo substituídas por lâmpadas de led.

Agradecimento
Padre Adalton encerrou a entrevista agradecendo o intenso apoio que vem recebendo dos colaboradores da Santa Casa, empenhados em ajudar a reerguer nosso centenário Nosocômio.
Agradeceu também aos paroquianos da São João Batista que entendem e o ajudam nesse trabalho que desempenha com especial atenção e carinho em prol dos menos favorecidos.