Amor pela profissão: Mariângela, enfermeira há 23 anos na Santa Casa

sem-titulo-62Mariângela da Graça Nascimento Capóssoli Stênico nasceu em 20/01/1970, em Capivari. Filha de Lourival Capóssoli e Marilena Nascimento Capóssoli, e casada com Vladimir César Stênico, é enfermeira, formada pela USP de Ribeirão Preto.
Há 23 anos trabalha na Santa Casa de Capivari – o seu primeiro emprego após concluir a graduação.
Hoje ela ocupa o cargo de coordenadora de enfermagem.
O gosto pela profissão está no sangue: seu avô, o conhecido Laerte da Santa Casa, atuava como enfermeiro e farmacêutico na instituição.
A mãe de Mariângela também trabalhou no hospital, exercendo a função de auxiliar de enfermagem.
Apesar de a família trabalhar na saúde, Mariângela teve que lutar para conseguir se formar na mesma área, pois o desejo de seus pais era que ela cursasse direito.
Um dos momentos mais marcantes para a profissional, é a história de uma menina que sofria de problemas cardíacos, mas não poderia ser operada.
Mariângela conta que, entre os 8 e os 10 anos, a jovem passava mais tempo no hospital do que em casa.
Segundo a enfermeira, quando a menina estava perto de completar uma década de vida, revelou seu maior desejo para a equipe da Santa Casa: fazer primeira comunhão.
Todos os colaboradores do hospital se mobilizaram para que o sonho pudesse ser realizado.
A criança teve aulas de catequese ali mesmo, no leito em que esteve internada.
Mariângela afirma que, logo após ter seu pedido atendido, a menina foi hospitalizada por mais duas vezes antes de se curar da doença.
Hoje é uma jovem adolescente, saudável e alegre, que não precisou mais de cirurgias nem de procedimentos médicos.
Outro episódio marcante para a enfermeira foi um acidente com o caminhão que transportava trabalhadores ruais de uma usina, em junho de 1993.
Segundo ela, mais de 30 trabalhadores chegaram ao hospital gravemente feridos, mas não havia gente nem leitos o suficiente para socorrer todo mundo.
Mariângela diz que, conforme a notícia foi se espalhando pela cidade, os médicos saiam de seus consultórios e corriam até a Santa Casa para ajudar.
Pessoas que tinham conhecimentos de enfermagem também chegavam a todo momento. Quartos e leitos foram improvisados.
Ai sim todos puderam ser atendidos.
A coordenadora garante que pretende se aposentar na Santa Casa e que o clima de trabalho é igual ao de uma família – com sorrisos e tristezas, problemas e alegrias.
“Não me imagino em outro emprego. É um prazer muito grande trabalhar aqui”, afirma.
Mariângela é pós-graduada em administração hospitalar pela UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto.